quarta-feira, 22 de junho de 2016



Fui verificar a data do último texto que tinha publicado neste Blogue e fiquei surpreendido !  Dezembro de 2015 !!  Meu Deus, tanta coisa que já aconteceu em seis meses, foi o que pensei. 

     Não tenho vindo até aqui por manifesta falta de tempo. Actividades académicas não têm permitido uma maior assiduidade. Tive que colocar de lado muitas coisas que gostava de fazer e para as quais não tenho agora tempo. O tempo parece escorrer-me por entre os dedos e escapar-me de vez. Aproveito todo o que posso, mas nem sempre consigo fazer tudo o que desejo. E escrever, apenas por escrever também não é a minha especialidade. Quando escrevo é porque tenho algo para dizer, e algo que considero relevante. Não é porque me faltem temas relevantes para escrever, o que me falta é tempo para os escrever.

     Penso que este tema, o do tempo, do meu tempo, ou do tempo que me falta, ou das coisas que me sobram por fazer no tempo que tenho, vai ser recorrente até lá quase para o fim do ano. Entretanto virei aqui pontualmente para escrever, não de qualquer coisa que me apeteça, mas, seguramente, de algo que me carregue o espírito de urgência. Afinal, urgência, é também uma medida para o tempo. Urgência é um momento. O tal momento em que temos que fazer aquilo que não podemos deixar de fazer sob pena de sermos ultrapassados pelo tempo certo e exacto para o fazer.

     Oxalá o tempo não se oponha à felicidade de o usufruirmos parcimoniosamente.  É que, afinal, não somos donos do tempo, nem temos todo o tempo do mundo. Reconhecer isso é um bom e sábio princípio para  podermos usar o tempo que temos.

Jacinto Lourenço